terça-feira, 7 de julho de 2015

Perseverando em oração

Muita gente já disse ou já ouviu alguém dizer a seguinte frase: “Agora só nos resta orar”. Esta frase é dita normalmente em momentos quando todos os recursos se esgotaram e a pessoa se vê numa situação desesperadora, quando não há mais qualquer esperança humana para lidar com a situação.

No entanto, há um sério problema envolvendo essa frase. Ela sugere que a oração foi relegada a último recurso. Ou seja, depois de todas as tentativas terem falhado, a oração se mostra como um apelo fraco e sem esperança, quando, na verdade, deveria ter sido o primeiro e mais esperançoso apelo.

Quando nos voltamos para o que a Bíblia diz, percebemos o lugar exato e o real valor que a oração tem. Ela não ocupa o lugar desprezado do último recurso; ela ocupa o lugar destacado da primeira opção. Ela não é “objeto esquecido”; ela é objeto de desejo. Na Bíblia, a oração não é buscada apenas na hora das refeições; é perseguida “em todo tempo” (Ef 6:18; I Ts 5:17).

Em várias ocasiões quando a Bíblia fala de orar, usa a palavra “perseverar” ou a ideia que ela transmite. Por exemplo, aos colossenses foi ordenado: “Perseverai em oração” (Cl 4:2). Os romanos, que receberam incentivo quanto a alegria na esperança e paciência na tribulação, também receberam incentivo quanto a perseverar em oração (Rm 12:12). O exemplo deixado pelos primeiros cristão no livro de Atos é que eles “perseveravam... nas orações” (At 2:42). Ensinando sobre esse princípio aos discípulos, o Senhor contou a eles uma parábola, com a intenção de que entendessem sobre “o dever de orar sempre, e nunca desfalecer” (Lc 18:1).


Estes e outros exemplos mostram uma verdade simples: orar nunca deveria ser um exercício esporádico ou relegado a último plano. Muita coisa seria diferente se entendêssemos isso. Estou convencido de que se orássemos mais, sofreríamos menos. Se a reunião de oração fosse mais frequentada, os santos não cederiam tanto à tentação. Se passássemos mais tempo do dia orando, descobriríamos que temos um consultório psicológico no quarto de casa (I Sm 1:10, 18; Mt 6:6), uma sabedoria à disposição para lidar com toda dúvida (Tg 1:5) e uma paz para suportar toda tempestade (Fp 4:6-7).  


Basta orar!